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quinta-feira, 31 de julho de 2008

ANGÚSTIAS E MEDO INFANTIL


Frequentemente mães comparecem a minha presença, com filhos, que variam a idade de 07 a 11 anos de idade. Os mesmos vivem experiências de: ansiedade, angústia, medos imaginários, choro freqüente, pequenos pesadelos e alterações comportamentais de saúde e relacionamentos. Graças a Deus e a colaboração da criança e da família, depois de alguns encontros de diálogo a situação é superada.Para tudo há uma explicação: o processo gradativo de separação, poderá criar uma sensação de perda. Às vezes a raiz vem desde o tempo de gestação, se a mãe correu risco de saúde na gravidez, ou outro alguém da família. Também no ultimo mês ou dias, corre o risco de a mãe ou familiares ficarem excessivamente apreensivos com a chegada do parto, e transmitirem intensa ansiedade positiva ou negativa ao novo ser. Ao nascer, por parte do nenê, haverá a “ansiedade do nascimento”, a necessidade de respirar por conta própria, que poderá resultar em um certo tipo de trauma: ‘fisiológico, respiratório”. Igualmente a separação “umbilical” para a criança poderá representar “rompimento-separação.” Mais ou menos entre os 12 meses e os três anos, a criança terá como maior suporte afetivo a pessoa da mãe, a angústia da perda, da separação materna poderá ser visível no comportamento de alguns pequenos. Na medida que a criança vai crescendo e ouvindo diálogos que falam de “perdas”, assimilando conversas dos adultos, como: de acidentes, assaltos, tragédias e outros, ao ouvir estas histórias a criança poderá converter estes fatos relatados em “medos imaginários” de que algo idêntico aconteça com o seu pai, a sua mãe, seus manos, ou consigo mesmo. Os tipos de reportagens, filmes e outros que assiste ou ouvem, poderão colaborar diretamente no comportamento angustiante do menor. Algumas crianças passarão por “aflições excessivas” e continuas, com medo da separação da casa, da perda de familiares ao qual esta afetivamente ligado, medo de que algum mal venha afetar alguém de sua família. Nos primeiros anos escolares, poderá passar por um tipo de “fobia”, ou seja a incapacidade de ir ou ficar sozinho na escola, resultando em pânico, inclusive as vezes, em agressividade.É importante percebermos que a criança é receptora de tudo o que ouve ou assiste no meio em que vai se desenvolvendo. Por isso, é indispensável que os pais, a família tenha consciência do espaço-ambiente que esta formando o seu filho. É importante dialogar continuamente com a criança, colaborando na formação de sua compreensão da realidade, sem criar “mitos”, “lendas” e muito menos historinhas de: “fantasmas”, “monstros” e “bicho-papão”. Devemos cuidar para não assustar e nem mentir aos pequenos, isto poderá criar desconfiança, insegurança e deficiência na formação da personalidade deles.A alguns meses atrás, convivi por três dias, com uma criança de 06 anos de idade, excessivamente agitado o tempo todo, com extrema dificuldade de adormecer à noite. Motivos: além da separação de seus pais, também o fato de sua avó ser adepta de uma “seita”, sendo que a formação que a avó transmite ao neto, é de que as crianças que não se comportam bem durante o dia, à noite, “o diabo virá monstruosamente busca-los.” Para uma criança desta idade, este tipo de formação é algo traumatizante e determinante em reações de medo, angustia, agitação e insegurança. À noite, a criança de seis anos, muitas vezes perguntava? “Será que o diabo entrará por aquela janela e me buscará esta noite?”Toda a pessoa em qualquer idade em que sentir seguidamente sensações de angustia, de medo, é sinal de que precisa decifrar a “mensagem ”, que comunica que algo não esta bem no “comportamental psicológico”. Somos: corpo, alma e espírito. A angustia e os medos, poderão ter suas raízes em alguma dessas dimensões do ser humano, levando em conta, nossa história, com: passado, presente e projeção mental para o futuro.Importante é saber que situações desta natureza são reversíveis, principalmente a partir da fé, da espiritualidade autêntica, do diálogo e da compreensão da realidade sem “mitos.” Algumas pessoas em situação de medo e angústia precisarão da ajuda especifica de: psicólogos cristãos ou sacerdotes, que conduzirão a uma verdadeira experiência de amor, proteção e segurança, em nosso Senhor Jesus Cristo.

Pe. Marcelo Adriano Rollin